Centro de Paralisia Cerebral de Beja solicita abate de palmeiras



28-01-2015

O Centro de Paralisia Cerebral de Beja solicitou à União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista o abate de várias palmeiras infetadas pelo Escaravelho-das-palmeiras, localizadas nas suas instalações, trabalho que estará concluído ainda esta semana.

Trata-se de um problema de fitossanidade pública que está a alastrar não só na freguesia, mas por todo o país e que leva geralmente à morte da palmeira, apesar de todos os esforços realizados para a recuperação da árvore.

Na cidade, várias são as palmeiras onde a doença já é visível, sendo que, recentemente, a União de Freguesias se viu forçada a abater uma palmeira, de grande porte, existente na Fundação de Solidariedade Nobre Freire, a pedido da instituição.

A praga das palmeiras é provocada por um inseto, Rhynchophorus ferrugineus, conhecido vulgarmente por Escaravelho-das-palmeiras, que afeta exclusivamente algumas espécies de palmeiras. Este inseto é originário da Ásia e da Polinésia e tem-se vindo a propagar por toda a Europa. É um inseto bastante grande e de fácil deteção, devido às cores que o caracterizam (laranja e preto).

Basicamente, o Escaravelho-das-palmeiras perfura a palmeira até ao interior. Na maioria dos casos conhecidos, aproveitando feridas e cortes já existentes na palmeira, para criar um ninho, onde deposita ovos. Por outro lado, instala-se também na copa destas árvores, pois é ai que se alimenta, nomeadamente das folhas mais jovens.

É precisamente nesse sítio que se começa a detetar a doença. As árvores infetadas apresentam a forma de “chapéu-de-chuva”, perdendo a parte superior da copa. Quando este aspeto se torna visível, pouco há a fazer, a não ser o seu abate.

Existem no mercado tratamentos químicos e biológicos para este problema, contudo, além de muito dispendiosos, a sua eficácia não é garantida, e independentemente da espécie da planta e do estado da doença, na maioria dos casos, o tratamento é ineficaz.

A União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista apela aos proprietários de palmeiras que limitem as podas e os cortes ao mínimo indispensável, e sempre que os realizem, selem de imediato as aberturas, de forma a evitar a entrada da praga. Solicita-se ainda que os restos das podas sejam tratados devidamente.